Pessoa aliada: o poder

Nos últimos meses venho acompanhando os inúmeros desafios que as empresas têm enfrentado para atingir a consistência desejada nos temas de DIEP – diversidade, inclusão, equidade e pertencimento.

E claro, é necessário fazer um diagnóstico para entender onde estão esses gaps e assim, criar um plano de ações adequadas para saná-los. Porém, trago aqui uma lupa sobre o tema de pessoas aliadas, um poderoso caminho para o alcance da transformação e manutenção cultural de inclusão.

As ações afirmativas de conscientização são essenciais para quebrar preconceitos, tabus, paradigmas e todo o desconhecimento sobre temas que podem parecer sensíveis de serem discutidos no ambiente corporativo.

A potencialidade dos nossos processos de aprendizados nas dimensões do pensar, do sentir e do querer e as longas experiências vividas no mundo empresarial incluem na bagagem o grande segredo do ‘’como posso trabalhar qualquer tema dentro do ambiente corporativo’’:  conscientização por meio do diálogo e do respeito.

Um caminho poderoso para o alcance da transformação e da manutenção cultural de inclusão é o papel ativo de engajamento e compromisso da pessoa aliada. A pessoa aliada pode ser ativa como embaixadora dos temas de DIEP dentro da companhia, das instituições, espaços sociais, familiares etc., entendendo que o ‘’como’’ fazê-lo é crucial para fomentar ainda mais a inclusão. Quem vivencia os processos danosos de menos inclusão, menos respeito, menos conscientização e menos diversidade também, são as pessoas pertencentes a grupos minorizados, por isso estarão usualmente na linha de frente na compreensão e ação destas pautas.

Pessoas aliadas não necessariamente pertencem a grupos minorizados, mas agem lado a lado. A pessoa aliada está junto, compreendendo, acolhendo, respeitando e fomentando nos espaços a promoção e manutenção ativas pela inclusão e respeito.

São homens que atuam ativamente na redução do machismo e sexismo, pessoas cisgêneras e heterossexuais que entendem seu papel contra a LGBTfobia, pessoas sem deficiência que atuam contra o capacitismo, pessoas brancas que atuam intencionalmente contra o racismo, por exemplo.

Compartilho com você 3 dicas importantes para ser uma pessoa aliada:

  • Se informe: estude o tema, leia, assista documentários, filmes e séries.
  • Exclua frases, expressões e comportamentos preconceituosos ou com vieses do vocabulário;
  • Não silencie diante de situações preconceituosas: o silêncio reforça o comportamento inadequado. Converse trazendo lucidez para o tema em questão.

Nós vivemos em sociedade, assim como estamos juntos e juntas nas empresas. As questões de diversidade e inclusão é responsabilidade de todas e todos nós. Portanto, para a consistência e efetividade das ações, é essencial a participação ativa de todas as pessoas em prol do mesmo propósito: diversidade, inclusão, equidade e pertencimento.


Autora: Letícia Santana


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