Colorismo ou pigmentocracia é um termo utilizado para se referir à discriminação ou preferência por pessoas com base na tonalidade de sua pele e em fenótipos, em particular, dentro de uma mesma comunidade étnica ou racial. É uma forma de hierarquização das pessoas de acordo com sua proximidade a determinados fenótipos negroides e a valorização de pessoas com pele mais clara em detrimento de pessoas com pele mais retinta.
Essa concepção do que foi construído do negro aqui no Brasil e totalmente incompatível com a realidade do que são fenótipos das pessoas negras, por exemplo no Continente Africano por exemplo no qual temos diversos fenótipos para pessoas negras.
O termo “colorismo” ficou conhecido na década de 1980, através da autora americana Alice Walker, em seu livro “In Search of Our Mothers’ Gardens“. Ela o usou para descrever a discriminação e o preconceito dentro da comunidade negra nos Estados Unidos. No entanto, o fenômeno do colorismo é encontrado em muitas outras culturas ao redor do mundo, e pode afetar pessoas de diferentes etnias e raças.
O Colorismo é um dos fatores presentes no racismo e o que o reforçam diariamente, e faz com que haja um distanciamento entre as associações feitas aos traços de pessoas brancas que são e foram sempre associados a beleza, delicadeza, nobreza, candura.
O colorismo pode se manifestar de várias maneiras, desde a exclusão de pessoas com pele mais escura em determinados empregos ou papéis na mídia, até a promoção de produtos de beleza que clareiam a pele. Além disso, o colorismo tem efeitos psicológicos negativos, como baixa autoestima, ansiedade, depressão e implicações mais amplas na desigualdade econômica e social.
Qual o impacto do colorismo nas empresas?
O impacto do colorismo nas empresas é significativo e prejudicial, tanto para a diversidade como para a inclusão no local de trabalho. Isso ocorre porque o colorismo pode levar a práticas de contratação discriminatórias, onde pessoas com pele mais escura são excluídas ou sub-representadas em cargos de liderança e posições mais bem remuneradas.
Além disso, o colorismo afeta negativamente a autoestima e a confiança das pessoas que experimentam discriminação com base em sua tonalidade de pele. Isso causa menor produtividade, absenteísmo, alta rotatividade de funcionários e até mesmo processos judiciais por discriminação.
Por outro lado, as empresas que promovem a inclusão e a diversidade, incluindo a inclusão de pessoas de diferentes tonalidades de pele, podem criar uma cultura mais positiva e produtiva. Essas empresas têm mais probabilidade de atrair e reter talentos diversos, aumentar a criatividade e a inovação e melhorar a reputação da empresa perante seus clientes e comunidade. Mas claro, tendo em vista sempre contratar essas pessoas com base no critério de competência, e não simplesmente por contratar, tendo todo o cuidado para não cair no golpe do Tokenismo.
Assim, as empresas devem promover a diversidade e a inclusão em todos os aspectos do local de trabalho, como a inclusão de pessoas de diferentes tons de pele, combatendo o colorismo, o racismo e todas as formas de discriminação.
Veja mais no vídeo Inserção de Pessoas Negras no Mercado de Trabalho no nosso canal Vamos Falar de Diversidade com Cris Kerr:
O colorismo afeta unicamente as pessoas negras?
Embora o colorismo seja frequentemente associado à discriminação contra pessoas negras, ele pode afetar pessoas de diferentes grupos étnicos e raciais em todo o mundo, incluindo culturas como a asiática, a latina, a árabe, entre outras.
Na Ásia, por exemplo, a preferência por pessoas com pele mais clara é comum em muitas culturas, incluindo a China, Coreia do Sul e a Índia. Na América Latina, a discriminação baseada na cor da pele é conhecida como “racismo de cor” e pode afetar negros, mestiços e indígenas. Na comunidade árabe, a discriminação pode ocorrer em relação aos “beduínos”, que têm uma pele mais escura e são frequentemente marginalizados em comparação aos “árabes brancos”.
O colorismo é um problema global que pode afetar a autoestima, a saúde mental e o sucesso financeiro das pessoas, independentemente de sua origem étnica ou racial. Por isso, é importante que todas as pessoas lutem contra o colorismo e trabalhem para criar sociedades mais justas, respeitosas e inclusivas.
Dicas práticas de como combater o colorismo.
O combate ao colorismo pode ser um desafio, pois se trata de uma forma de discriminação profundamente enraizada em muitas culturas e sociedades. No entanto, várias medidas podem ser tomadas para reduzir impacto do colorismo:
- Reconhecer a existência do colorismo: É importante que as pessoas reconheçam que o colorismo é um problema real que afeta indivíduos e comunidades em todo o mundo.
- Educação e conscientização: As empresas podem desempenhar um papel importante na educação e conscientização sobre o colorismo e seus efeitos negativos. Treinamentos e palestras sobre o tema ajudam a conscientização, e posterior redução dos danos do colorismo.
- Promover a diversidade e a inclusão: As empresas devem promover a diversidade e a inclusão, estabelecendo políticas de recrutamento que incentivem a diversidade e a inclusão, além de promover um ambiente de trabalho que valorize a diversidade de tonalidades de pele.
- Combate ativo à discriminação: As políticas públicas e privadas devem combater a discriminação em todas as suas formas, incluindo o colorismo, por meio de leis e regulamentações.
- Valorização da beleza natural: É importante valorizar e celebrar a diversidade de belezas naturais, independentemente da tonalidade de pele. Isso ajuda a diminuir a pressão social pelo clareamento da pele ou outros padrões de beleza estereotipados.
Em conclusão, a luta contra o colorismo envolve ações coletivas e individuais para aumentar a conscientização e promover a diversidade, a inclusão e a igualdade. A mudança pode ser gradual, mas é essencial para alcançar uma sociedade mais justa e inclusiva.
Saiba mais sobre o tema no Workshop de Equidade Racial da CKZ Diversidade, leve esse conhecimento para seu time e sua empresa.
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