- dezembro 12, 2023
- Por:CKZ Diversidade
- in: Diversidade, Inclusão
Nosso inconsciente é uma máquina de associações. Temos uma tendência muito forte de nos aproximarmos de pessoas que tem gostos semelhantes aos nossos, frequentam os mesmos lugares, estudaram na mesma escola ou faculdade, e por aí vai. As possibilidades são inúmeras, mas o fator importante é que nosso cérebro se sente mais seguro quando trabalhamos com pessoas parecidas conosco.
Assim como as semelhanças, há inúmeros fatores que nos diferenciam uns dos outros, que vão além de gostos pessoais, como: raça, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero, estilo comportamental e etc. E é exatamente nas diferenças que podemos ver as maravilhas da diversidade. Porém, se o cérebro prefere e identifica o que é semelhante a nós como seguro e o que é diferente como ameaça, como fica a questão da diversidade? A resposta é que a diversidade é um desafio com tantos vieses inconscientes.
O viés que faz com que a gente escolha as pessoas com quem temos mais afinidade ou que se parecem conosco, é o viés de afinidade. Esse viés, assim como os outros que já abordamos no nosso blog, é um dos maiores vilões contra a diversidade, e se manifesta principalmente em processos de seleção, promoção e avaliação de desempenho nas corporações. Esse viés acaba favorecendo a pessoa que mais tem afinidade e se assemelha com quem está entrevistando, promovendo ou avaliando.
Esse é também um dos motivos pelo qual ainda temos poucas mulheres em cargos de gestão, liderança e conselhos da administração das empresas, pois os homens acabam escolhendo outro homem, que se assemelha a ele. A única forma de mudar esse cenário é através da conscientização sobre todos os vieses, com treinamento especializado, junto com um esforço consciente diário para identificá-los e combatê-los.