O “quiet quitting” é um termo que se refere à prática de deixar um emprego sem informar oficialmente à empresa ou sem fazer uma declaração pública sobre a saída. A pessoa simplesmente para de aparecer no trabalho e se afasta silenciosamente.
Esse tipo de comportamento pode ser visto como uma forma de evitar conflitos ou confrontos, especialmente se o funcionário tem uma relação difícil com o empregador ou colegas de trabalho. Algumas pessoas podem optar pelo quiet quitting se sentirem que não serão valorizadas ou se estiverem insatisfeitas com as condições de trabalho.
O quiet quitting pode ser prejudicial para a pessoa que sai da empresa, mas é ainda pior para as organizações. Dentre os efeitos nocivos, temos: perda de reputação da empresa, impacto financeiro ruim, perda de produtividade e dificuldade para gerenciar o ambiente de trabalho, para citar alguns.
E por que as pessoas estão fazendo isso?
Há diversas razões pelas quais algumas pessoas optam por deixar uma empresa de forma silenciosa, sem comunicar formalmente a saída. Algumas das principais razões incluem:
- Conflitos no ambiente de trabalho: se um funcionário tem problemas com colegas de trabalho ou com a administração da empresa, pode optar por sair sem dar aviso prévio para evitar confrontos ou discussões que possam tornar a situação ainda mais tensa.
- Insatisfação com o trabalho: se um funcionário está descontente com o trabalho, pode optar por sair sem aviso prévio, especialmente se não houver perspectivas de mudança ou melhoria na situação.
- Novas oportunidades: em alguns casos, as pessoas podem receber uma oferta de emprego melhor ou mais atraente e decidir aceitá-la imediatamente, deixando a empresa atual sem aviso prévio.
- Problemas pessoais: em situações em que uma pessoa está enfrentando problemas pessoais, como doença ou dificuldades financeiras, ela pode decidir deixar o emprego de forma repentina, sem dar aviso prévio.
E como isso se relaciona com a falta de diversidade e inclusão?
A falta de diversidade e inclusão, e por consequência, a falta de um ambiente de trabalho inclusivo contribuem para o quiet quitting.
Se um funcionário se sente excluído ou discriminado na empresa, ele pode decidir deixar o emprego sem dar aviso prévio, especialmente se sentir que não será ouvido ou que sua saída não fará diferença. Isso pode acontecer especialmente em empresas que não têm uma cultura inclusiva e não se esforçam para criar um ambiente de trabalho onde todos os funcionários se sintam valorizados e respeitados.
Além disso, se uma empresa não está aberta à diversidade e inclusão, é muito mais difícil para os funcionários se sentirem confortáveis em compartilhar suas preocupações ou problemas com a empresa, o que leva a uma maior propensão para o quiet quitting.
Portanto, é importante para as empresas criarem uma cultura inclusiva e acolhedora, onde os funcionários se sintam valorizados e respeitados, e onde haja canais claros de comunicação para que as preocupações possam ser conversadas abertamente e resolvidas. Isso pode ajudar a prevenir o “quiet quitting” e promover um ambiente de trabalho saudável e produtivo para todas as pessoas.
Solucionando o quiet quitting:
Para solucionar o problema do “quiet quitting”, as empresas precisam adotar medidas para criar um ambiente de trabalho diverso, inclusivo e acolhedor, onde as pessoas se sintam valorizadas e respeitadas.
Para tanto, as empresas devem:
- Criar uma cultura inclusiva: as empresas devem se esforçar para criar uma cultura que celebre a diversidade e respeite as diferenças entre colaboradores e colaboradoras. Isso inclui tomar medidas para garantir que todas as pessoas sejam tratadas com igualdade e justiça, independentemente de sua raça, gênero, orientação sexual, religião ou outras características.
- Promover a comunicação aberta: as empresas devem criar canais claros de comunicação para que colaboradores e colaboradoras possam compartilhar suas preocupações ou problemas com a empresa.
- Oferecer treinamento em diversidade e inclusão: as empresas devem fornecer treinamento regular em diversidade e inclusão para todas as pessoas. Isso ajuda a aumentar a conscientização sobre a importância da inclusão e fornecer habilidades para lidar com situações difíceis no ambiente de trabalho.
- Criar oportunidades de crescimento e desenvolvimento: as empresas devem criar oportunidades para que todas as pessoas possam crescer e se desenvolver em suas carreiras. Isso inclui a oferta de treinamento e desenvolvimento profissional, bem como a criação de planos de carreira claros.
- Realizar pesquisas de clima organizacional: as empresas devem realizar pesquisas de clima organizacional regularmente para avaliar o nível de satisfação e engajamento dos funcionários.
Leia aqui mais conteúdo sobre esse assunto no artigo escrito pela nossa CEO e especialista em Diversidade & Inclusão, Cris Kerr.
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