O que ninguém te contou sobre Pessoas com Deficiência

Adquiri uma deficiência há 14 anos. Um renascimento.

No processo de recuperação, mergulhei em tudo que poderia sobre o tema.

Comecei num mergulho em mim: quais eram minhas reais perspectivas a respeito de pessoas com deficiência?

O que ninguém me contou sobre pessoas com deficiência e eu aprendi nesse processo.

Lembrei de quando era criança e via uma pessoa com deficiência, sempre alguém dizia: ‘’não fica olhando que é feio!’’ ‘’não olha!’’
Mais tarde, quais seriam as possibilidades de olhar para uma pessoa com deficiência com naturalidade e sem tabus para construir qualquer relação já que ficou estabelecida esse distanciamento em mim.

Essa crença posta em mim e talvez em você, nos mantém distantes, com medo e dúvidas de como lidar com pessoas com deficiência.

Por meio da conscientização dos meus vieses, transformei minhas perspectivas e acabei com as antigas crenças sobre pessoas com deficiência, importante momento para construção do meu caminho.

Em uma sociedade que não possui acessibilidade arquitetônica e atitudinal, pessoas com deficiência têm dificuldades nas suas necessidades de acesso para trabalhar, estudar, se divertir, praticar esportes, viajar, namorar, pra viver a vida.

Deixando assim de transbordar sua criatividade e habilidades únicas. Não estou construindo a ideia de que pessoas com deficiência são guerreiras ou heroínas. Isso seria capacitismo. Estou trazendo uma perspectiva diferente daquela facilmente encontrada de que pessoas com deficiência são incapazes ou limitadas, o que também é capacitismo.


Nos últimos anos, há um movimento muito importante que traz a deficiência como ela é: uma característica humana.

Ou seja, uma pessoa com deficiência que trabalha, estuda, namora, se diverte, está simplesmente vivendo!

É importante reconhecer que cada pessoa com deficiência é única e tem suas próprias experiências e habilidades, e fomentar a sua convivência com dignidade, respeito e equidade.

O capacitismo, o preconceito contra pessoas com deficiência, é um problema que precisa ser abordado com conscientização e ações afirmativas inclusivas.

A inclusão real requer um mergulho em nós: uma reflexão profunda dos nossos vieses conscientes e vieses nconscientes. Eu acredito nessa transformação.
É com essa proposta que abordo e desenvolvo esse tema tão importante nas companhias, com naturalidade e inovação, desmistificando e quebrando paradigmas a respeito da seleção, da integração e desenvolvimento de pessoas com deficiência, tornando o grande desafio de inclusão uma jornada cheia de impactos positivos.

As companhias têm papel essencial de proporcionar um ambiente acessível, arquitetônica e tecnológica, além da acessibilidade atitudinal.

A combinação desses fatores resulta na diminuição de barreiras e o ambiente inclusivo impacta diretamente na diminuição do turn over, de riscos de assédio e discriminação.

A valorização da diversidade e da inclusão gera compromisso e engajamento e aumenta a sinergia com o propósito da cia.

Por Letícia Santana

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